Terça-feira, 2 jun 2020 - 13h29
Por Maria Clara Machado
Pequenos tremores de terra no Brasil acontecem com mais freqüência do que pensamos ou do que é noticiado pelos diversos veículos de comunicação. Estações do Observatório Sismológico de Brasília (SIS/UnB) já registraram mais de 60 pequenos tremores de terra em território brasileiro desde o começo deste ano. A maior parte deles nos estados de Minas Gerais e de Mato Grosso.
Imagem ilustrativa de Barão de Melgaço, no sul de Mato Grosso. A cidade registrou um tremor de magnitude 3.0 no começo do ano. Outros tremores já foram registrados na região. Crédito: Imagem de divulgação da cidade. O total de tremores considerados eventos naturais, ou seja, não provocados por alguma ação humana, chegou a 62 pela rede sismográfica do SIS/UnB no período entre primeiro de janeiro e 2 de junho.
Foram também detectados 9 tremores no Ceará, 5 no Pará, 5 em Goiás, 3 no Rio Grande do Norte, 2 em São Paulo, 1 no Rio de Janeiro, 1 no Espírito Santo, 1 na Bahia, 1 em Pernambuco, 1 em Roraima, 1 no Tocantins e outros 7 no oeste do Brasil, em locais não definidos com precisão, próximos às áreas de fronteira. A grande maioria dos abalos é de baixa intensidade, sem oferecer qualquer risco à vida. Os tremores moderados, acima de 4 magnitudes, foram observados justamente em áreas próximas ao Peru, região com histórico de abalos mais intensos. Há registro de um tremor de magnitude 4.0 em Rorainópolis (RR) no dia 31 de janeiro, outro de 3.3 em Anajás (PA) no dia 10 de maio, outro de 3.0 em Barão de Melgaço (MT) no dia 20 de janeiro e um de 3.2 em Rosário Oeste (MT) em 9 de janeiro.
“Onde aconteceu o sismo de 5.3 do último domingo, é uma região de divisão entre as placas tectônicas africana e sul-americana, então não é incomum ocorrerem abalos abaixo do oceano por ali. Porém, tremores nesta região normalmente não influenciam o Brasil”, comenta o diretor do Apolo11 Rogério Leite. |
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