Quinta-feira, 5 set 2019 - 12h41
Por Maria Clara Machado
Setembro começou com incêndios graves em reservas ambientais do estado de Goiás. O Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros e o Parque Nacional das Emas tiveram pelo menos 6.500 hectares de mata consumidos pelo fogo somente nos primeiros 4 dias do mês. Dados atualizados pelo INPE mostram o aumento no número de focos de queimadas no Brasil até agora na comparação com 2018.
Fogo consome vegetação no Parque Nacional das Emas. Crédito: Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Goiás / Divulgação.
A preocupação é com novos focos de incêndio que possam aparecer. A vegetação continua muito seca e somada ao forte calor, que tem feito na região, o risco de fogo permanece alto. Por isso, o monitoramento segue constante por todo o Parque.
De acordo com a administração do Parque, um raio teria dado início ao incêndio, o que pode ser bem possível, já que por conta do período de estiagem normal nesta época do ano, apenas uma faísca pode iniciar uma queimada. Os incêndios em reservas ambientais e na zona rural de Goiás aumentaram mais de 30% este ano, segundo dados do Corpo de Bombeiros. Um dado chama a atenção com relação a queimadas agrícolas. No ano passado, a primeira ocorrência em culturas agrícolas aconteceu em maio e neste ano, o mesmo tipo de ocorrência ocorreu em todos os meses até agora, de acordo com os Bombeiros. Área vermelha mostra onde o risco de fogo está elevado no Brasil neste começo de setembro. Os pontos indicam os focos de queimadas acumulados sobre o país nos últimos dois dias, levando em conta pontos detectados por 13 satélites. Crédito: INPE.
Dados atualizados indicam Goiás registra 2.086 focos de queimadas até 4 de setembro, um aumento de 17% na comparação com o mesmo intervalo no ano passado, quando foram registrados 1.778 focos, pelo INPE. Entre os estados que mais queimaram este ano até agora, na comparação com 2018, estão Mato Grosso do Sul, Espírito Santo, Rio de Janeiro, Roraima, Rio Grande do Sul, Acre, Pará, Mato Grosso e o Tocantins, nesta ordem, levando em conta o período de janeiro a 4 de setembro. Mato Grosso do Sul teve um aumento de 246% no número de focos de queimadas. |
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