Quinta-feira, 27 fev 2020 - 12h26
Por Maria Clara Machado
A cidade de São Paulo registrou chuva dentro da normalidade no mês de janeiro, mas o volume acumulado até agora neste mês de fevereiro está extremamente elevado. Somando a quantidade de chuva em quase dois meses, as precipitações já ultrapassaram os 700 milímetros na capital. Os alagamentos e enchentes vêm sendo recorrentes, pois o solo está saturado e o nível dos córregos e rios bastante elevado.
Fim de tarde na Vila Mariana após temporal no dia 18 de fevereiro de 2020.Crédito: Eduardo Maya. Imagem divulgada pelo facebook. Os temporais de verão são normalmente esperados em janeiro e quando dentro da média já podem despejar quase 290 mm de chuva na capital paulista. A média climatológica na cidade de São Paulo é de 288,2 mm no mês janeiro de acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (INMET). Este ano choveu 287,5 mm, ou seja, praticamente a média. Entretanto, os temporais atingiram a capital paulista somente a metade do mês com grande destaque para a chuva de 82,5 mm que caiu entre os dias 16 e 17 janeiro.
A média normal para fevereiro é de 249,7 mm e ela já havia sido atingida em apenas 10 dias. Assim sendo, mesmo antes de terminar o mês, o volume de 449 mm de chuva na capital paulista está 82% superior à média.
Essa chuva dominou as manchete de diversos veículos de comunicação como a segunda maior chuva na capital paulista no período de 24 hora em um mês de fevereiro também desde o início das medições do INMET (1943). Somando a chuva de janeiro e fevereiro o total chega a 736 mm até o momento, agravando os problemas relacionados a transbordamentos de rios e enchentes, deslizamentos, queda de árvores, buracos nos asfaltos e outras ocorrências. Queda de árvore na região do Parque da Aclimação, zona sul da cidade de São Paulo. Fevereiro já é o mais chuvoso em 77 anos na capital paulista segundo as medições do INMET. Crédito: Foto de Sayako Amanuma.
Todos os outros reservatórios que abastecem a Grande São Paulo estão em uma situação bastante confortável. Os reservatórios de Cotia, Rio Claro e São Lourenço estão operando com a capacidade máxima. O Rio Grande está atualmente com capacidade de 97,6%, o Guarapiranga com 87% e o Alto Tietê com 88%. |
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