Quarta-feira, 8 dez 2021 - 12h26
Por Maria Clara Machado
O vulcão Kilauea, no Havaí, está em erupção na abertura da parte oeste da cratera Halemaumau interrompendo uma breve pausa de três dias, que havia começado na sexta-feira. Desde 29 de setembro, os eventos eruptivos na cratera têm sido constantes e o Observatório de Vulcões Havaianos mantém o Kilauea em alerta laranja.
Erupção do vulcão Kilauea no Havaí no dia 30 de setembro. Desde então, os eventos eruptivos na cratera Halemaumau têm sido contantes. Crédito: USGS A erupção de lava recomeçou na noite da segunda-feira, dia 6 e os sinais sísmicos associados ao movimento do magma atingiram o pico por volta das 21 horas, hora local, segundo relatório do Observatório de Vulcões Havaianos (HVO). As emissões de dióxido de enxofre (SO2) estavam em aproximadamente 1200 toneladas por dia em 29 de novembro. O Observatório informou que não foram feitas novas medições de enxofre nesta primeira semana de dezembro em razão das más condições meteorológicas. Imagem adquirida por webcam no Parque Nacional de Vulcões do Havaí mostra a área de lava ativa na superfície do lago da cratera do Kilauea no começo desta quarta-feira, dia 8 de dezembro. Crédito: USGS Desde 29 de setembro, os eventos eruptivos na cratera têm sido constantes e a interrupção recente mesmo de poucos dias, foi a quarta maior pausa até agora. O lago alimentado pelo fluxo de lava teve um aumento em torno de 65 metros nos últimos dois meses. O volume total desde o início da erupção de 29 de setembro está estimado em 30 milhões de metros cúbicos. Já na parte leste do Kilauea, não há nenhuma indicação recente de que a lava esteja migrando para esta parte da cratera.
Técnicos monitoram a cratera Halemaumau do Kilauea em 4 de outubro, onde o lago de lava continua se formando. Crédito: USGS Durante todo esse tempo, a atividade da lava continua confinada na cratera no cume do vulcão e por enquanto não ameaça transbordar. O lago de lava no cume começou a ser formado a partir da erupção do Kilauea em dezembro de 2020 e desde então, vem sendo acompanhado com cautela pelos especialistas. O lago é alimentado cada vez que a lava jorra de uma única abertura da parede oeste da cratera Halemaumau.
Imagem térmica mostra o avanço da lava sobre a cratera Halemaumau, no cume do Kilauea, em 8 de dezembro. Crédito: USGS Principalmente vapor de água (H2O), dióxido de carbono (CO2) e dióxido de enxofre (SO2) são permanentemente liberados durante as erupções do vulcão Kilauea e podem ter efeitos de longo alcance sendo transportados pelos ventos. Uma névoa visível se forma na atmosfera, conhecida como fumaça vulcânica, e representa perigo para a saúde humana, além de afetar plantações e animais. Outro risco sempre alertado pelos Institutos Vulcanológicos, são os fragmentos de vidro vulcânico provenientes das fontes de lava e que podem ser levados pelo vento. Essas pequenas partículas, quando em contato com a pele e com olhos, podem causar irritações. Durante a erupção do Kilauea também existem perigos como rachaduras no solo e quedas de rochas, por isso existe uma área mais próxima à cratera que permanece fechado ao público desde 2008. |
Procure no Painel
|
Painelglobal.com.br - Todos os direitos reservados - 2008 - 2024