Quinta-feira, 9 jun 2022 - 10h00
Por Maria Clara Machado
Uma grande nuvem de poeira proveniente do Deserto do Saara atravessou o Atlântico nos primeiros dias de junho e está se movendo pelo Caribe. Imagens de satélite mostram detalhes do caminho da poeira, que obrigou serviços de meteorologia a emitir avisos sobre a qualidade do ar em áreas caribenhas.
Imagem de satélite mostra em detalhe a poeira do Saara avançando sobre o oceano Atlântico no começo de junho. Crédito: NOAA O satélite NOAA-20 adquiriu imagens em cores naturais da progressão da mancha de poeira atravessando o Atlântico nos últimos dias. As áreas em tons marrons aparecem na sequência: em 3 de junho mais densa ao largo da costa oeste da África, na altura do Senegal e da Mauritânia, em 5 de junho avançando pelo Atlântico e em 8 de junho se espalhando pelo Caribe: Poeira do Saara capturada em 3 de junho pelo NOAA-20. Crédito: NOAA/NASA Poeira do Saara capturada em 5 de junho pelo NOAA-20. Crédito: NOAA/NASA Poeira do Saara capturada em 8 de junho por satélite da NOAA. Crédito: Worldview NASA A poeira alcançou parte do leste e sul do Caribe, incluindo os arquipélagos do leste da região, também Porto Rico, a República Dominicana, o Haiti e a Jamaica. O Serviço de Meteorologia de Antígua e Barbuda emitiu avisos nesta quarta-feira, sobre a redução da qualidade do ar no leste do Caribe solicitando a atenção principalmente de pessoas com problemas respiratórios.
Sabe-se que a poeira do Saara pode ter efeitos negativos na qualidade do ar e na visibilidade pela concentração de milhares de partículas. Entretanto, seu papel é fundamental para regular a quantidade de energia solar que atinge a superfície da terra, além de ser rica em minerais, funcionando como um fertilizando natural para os mares, oceanos e florestas, como a Amazônia. Outra questão é o poder de reduzir a atividade de tempestades e furacões no Atlântico por deixar a atmosfera mais seca e menos quente enquanto está atuando. As tempestades de poeira do deserto do Saara podem acontecer em qualquer época do ano, mas é no verão que tendem alcançar os níveis mais altos da atmosfera conseguindo assim, viajar milhares de quilômetros impulsionadas pelas correntes de ventos sazonais.
A imagem de satélite do dia 23 de junho de 2020 revelou o longo caminho percorrido pela nuvem de poeira do Saara. Especialistas consideram o maior fenômeno deste tipo dos últimos 50 anos. Crédito: NASA. A nuvem chamada de Godzilla entrou para a história como o maior fenômeno deste tipo a ser registrado em 50 anos. |
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